Novas extensões de domínio que ditarão tendência em 2026
7 de novembro de 2025 | Jordi Genescà Prat

Durante décadas, o .com foi o emblema universal da Internet. Se a sua empresa estava online, o lógico era ter um domínio “.com” — quase sinónimo de credibilidade e profissionalismo.
Com o tempo, surgiram domínios locais como .pt, .br ou .fr, e até regionais como .gal ou .cat. Mas a Internet mudou — e as marcas também. A saturação desses domínios transformou essa convenção numa limitação.
À medida que o número de sites cresce — e os bons nomes se esgotam —, as empresas estão a olhar para além do .com. Estão a surgir novas extensões de domínio que não só identificam uma marca, como também a ligam diretamente ao seu setor, propósito e público.
Extensões como .tech, .shop, .ai, .cloud, .store ou .group marcam uma nova era: a do domínio com identidade.
Um endereço que diz quem você é
Pense no domínio como um cartão de visita. Há alguns anos, todos usávamos o mesmo formato; hoje, as empresas podem escolher como querem apresentar-se.
Uma startup tecnológica pode optar por um .tech, uma loja online por um .shop, uma agência criativa por um .agency, ou uma marca sustentável por um .eco.
O domínio deixa de ser apenas um endereço para se tornar uma extensão da mensagem da marca.
Essa tendência não é pequena: segundo dados recentes do setor, mais de 35% dos novos registos na Europa durante 2025 usarão extensões não tradicionais.
Mais opções, mais criatividade
Registar um bom domínio .com está cada vez mais difícil. Quase todos os nomes curtos, memoráveis e sem hífen já estão ocupados. As extensões setoriais oferecem uma segunda oportunidade para a criatividade.
Já não precisa de adicionar "online", "oficial" ou "loja" no final do nome — agora essas palavras são a própria extensão.
Imagine que tem uma marca de tecnologia chamada Nova. Se o domínio nova.com já estiver ocupado, pode registar nova.tech ou nova.cloud. Continua curto, fácil de lembrar e ainda reforça o que você faz.
Essa combinação de disponibilidade e coerência semântica está a impulsionar o crescimento dos novos gTLDs (domínios genéricos de topo).
Um domínio que comunica antes do clique
O domínio deixou de ser apenas uma questão técnica — é uma ferramenta de comunicação.
Quando alguém vê um URL com .shop, sabe de imediato que se trata de uma loja online. Um .ai remete para inteligência artificial. Um .design evoca criatividade.
Esse valor semântico é fundamental para se destacar nos resultados de pesquisa, nas redes sociais ou em campanhas publicitárias.
Mesmo em SEO, o Google já confirmou que trata todas as extensões de forma igual em termos de posicionamento. Mas isso não significa que o domínio não influencie: um nome mais claro e relevante melhora a taxa de cliques (CTR).
Se um utilizador procurar "serviços cloud para empresas", é mais provável que clique em empresa.cloud do que em empresa-solucõesdigitais.com. Não por causa da extensão, mas pela clareza da mensagem.
E se a minha empresa for tradicional?
Talvez se pergunte: “todos esses domínios são bons para startups tecnológicas ou designers, mas sou uma empresa tradicional — vale a pena um domínio diferente?”
A resposta é sim, desde que o uso tenha sentido para a sua estratégia. Uma consultora, uma corretora ou um escritório profissional também podem beneficiar de extensões como .consulting, .legal ou mesmo .pt para transmitir proximidade, especialização e confiança.
Não se trata de reinventar-se nem de parecer algo que não é, mas sim de adaptar a presença digital à linguagem atual do utilizador, que valoriza clareza e conexão imediata.
Em muitos casos, um domínio mais específico pode reforçar a autoridade da marca — mesmo em setores considerados “clássicos”.
A nova geografia digital
As extensões setoriais também refletem a descentralização da Internet.
Em vez de depender de um único domínio global, muitas marcas estão a combinar extensões diferentes para se adaptarem a mercados ou projetos específicos.
Um grupo empresarial pode ter marca.group como site institucional e marca.shop como loja, ou usar .pt e .eu para reforçar a presença local e europeia.
A web deixa de ser uma estrutura rígida e passa a ser um ecossistema de identidades digitais interconectadas.
Nesse contexto, as PME ganham uma vantagem que antes não tinham: podem competir em pé de igualdade com as grandes marcas.
Registar um domínio como padaria.shop ou oficina.lisboa comunica em segundos o que você faz e onde está. É SEO local, branding e marketing concentrados numa só linha.
Um passo rumo à maturidade digital
As empresas mais inovadoras não estão a abandonar o .com — estão a complementá-lo.
Usam extensões setoriais para projetos específicos, campanhas ou produtos. Por exemplo, uma empresa pode manter o site principal em .com e lançar uma nova linha com um domínio .tech ou .store.
Também utilizam estas extensões para reforçar a consistência da marca nos vários canais: redes sociais, e-mails, landing pages e campanhas.
Adotar extensões alternativas é, no fundo, um sinal de maturidade digital. Significa pensar no domínio não só como um endereço web, mas como uma ferramenta estratégica.
O futuro do nome digital
Tudo indica que este modelo se consolidará nos próximos anos.
As novas extensões continuarão a ganhar quota de mercado — sobretudo entre startups, negócios digitais e setores especializados.
A tendência global aponta para uma Internet mais segmentada, semântica e memorável. Neste contexto, cada empresa deverá decidir que história quer contar a partir do seu endereço web.
Porque, no final das contas, o domínio é a primeira palavra da sua história digital. E num mundo em que cada detalhe comunica, escolher a extensão certa pode fazer toda a diferença.
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